Declaração do Conselho Brasileiro da Raça Cavalier King Charles Spaniel sobre a Criação de Cavaliers e Bulldogs na Noruega
O Conselho está consternado ao saber da decisão judicial de proibir a criação de Cavaliers na Noruega. Isso não reflete os esforços e progressos feitos por muitos criadores dedicados à raça em todo o mundo e pode, de fato, piorar os problemas de criação irresponsável e contrabando ilegal de filhotes. Este anúncio potencialmente inspira criadores clandestinos. O Conselho apoiará sempre todos os que criam com um interesse primordial na saúde, temperamento, padrão da raça e bem-estar do cão e continuará a incentivar a prática de exames de saúde disponíveis para a raça. O Conselho continuará a trabalhar incansavelmente com todos os grupos interessados em proteger a raça e seu bem-estar, através da informação e apoio para criadores e compradores de filhotes. Isto somente reforça a necessidade e preocupação dos compradores em buscar criadores que realmente façam os controles de saúde recomendados para a raça.
Estamos monitorando de perto a situação e aconselharemos os membros de acordo.
O Conselho entende que a proibição da criação não é uma solução para evitar práticas de reprodução ruins ou qualquer um dos problemas de saúde complexos que alguns desses cães dentro das raças podem enfrentar. Essa abordagem, que será difícil de aplicar, pode alimentar ainda mais a crise atual de criadores irresponsáveis, contrabando ilegal de filhotes e compradores de filhotes desinformados piorando as questões que a legislação em questão procura resolver.
Embora ainda não tenhamos visto o julgamento completo, sabemos que as proibições definitivas de raças não funcionam – o que foi provado no Reino Unido, onde foram feitas tentativas em 1991 com a Lei de Cães Perigosos. Isso simplesmente serviu para direcionar a criação desses cães para a promiscuidade, levando a um grande número de animais não registrados, onde é impossível chegar aos criadores ou compradores desses cães ou ter algum impacto na saúde e bem-estar da raça. No Brasil, vemos criadores e comerciantes de filhotes de má reputação produzindo cães não registrados – criados sob nenhuma esfera conhecida o que impacta negativamente os aspectos de saúde, bem estar animal e padrão racial.
O Conselho acredita que uma abordagem mais eficaz é o contínuo trabalho, em colaboração com criadores, veterinários, cientistas para pesquisar, entender e tomar ações baseadas em evidências e desta forma alcançar melhoras genéticas.